Parei de tratar como prioridade quem me trata como opção
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Carlos Drummond de Andrade
Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossege
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossege
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
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REVISTA GRAFFITI POÉTICO #3
Mente Pensativa
A
distancia
Passamos
anos e anos tentando encontrar a verdadeira lógica para o problema do que é uma
pessoa sincera.
Muitas
vezes julgamos aquela que fala intempestivamente, sem parar e sem pensar como
arrogante, uma pessoa que não pode conviver entre os “normais” e que muitas
vezes magoa e estilhaça o coração do próximo.
Outras
vezes andamos com inúmeras pessoas e, enquanto temos algo a oferecer, elas nos
rodeiam.
Abraços,
beijos e tapas nas costas.
Palavras
de incentivo, elogios e formas de mostrar carinho são despejadas sobre si. A pergunta
é se não tivesse algo para dar quantos estariam do seu lado?
Hoje
com a utilização das redes sociais, existe a expansão de “cartazes” e frases
dando indiretas de que as pessoas estão sem amor, de que farão e retribuirão com
a mesma forma o tratamento recebido.
Mas
por quê?
Deveríamos
parar para pensar e analisarmos que o verdadeiro culpado do distanciamento das
pessoas pode ser nossas próprias atitudes.