Durante esses dias que
fiquei “de castigo” em casa me recuperando dessa maldita enfermidade tive que
sacrificar meu cérebro e assistir televisão. Sensação triste para não dizer
horrível, mas sobrevivi, tanto da enfermidade quanto da programação. Entre uma
chatice e outra o que chamou a atenção foi o bombardeio sobre o assunto
“rolezinho”.
O que seria isso?
O que deu à entender é que
esse tipo de atividade é um encontro de jovens que se reunem para conhecer
outro jovem mais “famoso” que eles. Seria isso? Foi o que eu entendi.
Esses jovens, como as mídias
relataram, tem um perfil de:
·
Morador de periferia;
·
Usuário de redes sociais;
·
Fã do ritmo musical funk ostentação;
Na minha visão o perfil
mudaria se no caso não houvesse a baderna uma vez que no condomínio também se
usa rede social e com certeza lá um adolescente não houve ópera.
Não defendo o funk. Muito
pelo contrário em um vocabulário bem radical eu detesto. Eu acho que é o
FANTÁSTICO MUNDO DE BOB da periferia que
prova que dinheiro e luxo em excesso é tributo para poucos e não adianta
dizerem que é uma forma de protesto, que mostra a realidade das favelas, pois
não vejo dessa forma uma vez qual cidadão comum de comunidade carente anda de
camaro, cordão de R$ 30 mil e paga R$ 1000 reais à vista em um tênis, calça e
camisa (por semana)?
Quero afirmar que, cada um
cada um, pois com certeza nesse momento estão me chamando de preconceituoso.
Cada um tem o direito de ouvir, falar, ir, vestir o que quiser, mas a pergunta
é a que fica é:
- PORQUE NINGUÉM FAZ O
ROLEZINHO NA 25 DE MARÇO?
Eu venho de um tempo (nossa
estou ficando velho) em que já existia esse tipo de movimento. Não era rotulado
dessa forma, pois tal gíria nem era comum,mas já existia tal encontro. Quantas
vezes me desloquei da minha cidade para ir até a Estação São Bento para
encontrar os parceiros prá uma ideia. Quantos sairam de seus Estados ou países
para fazer o mesmo. Nunca houve notícia de roubo ou quebra-quebra e só
repressão tanto policial como social. Era uma época em que não existia acesso
para esse fenômeno chamado internet, para ter uma ideia telefone era luxo para
poucos e os de uso públicos eram tão poucos que eram disputados. Transporte
público se hoje é ruim imagina nesse tempo, pois trajetos que duram 1 hora
atualmente levavam 2 ou 3 horas a serem percorridos. Uma fotografia era algo
mágico para se guardar pra eternidade. Um video era recurso de pouca qualidade
que poucos teriam disposição. Carro? Avião? Big Mac? Mesmo assim sem nenhum
recurso tecnológico era fácil ver sempre as reuniões cheias com pessoas
interessadas em aprender e ensinar, mostrando que para todo problema há uma
solução e que não é necessário quebrar nada para reivindicar seus interesses.
Sou uma pessoa que detesta
ir ao shopping. Dos meus 42 anos de idade se fui 10 vezes bati o recorde. Toda
vez que fui tive a sensação de descriminação não pelas pessoas, mas pelos
seguranças que são, muitas vezes, moradores da mesma região que a minha e são
pagos para me verem com maus olhos em certos locais.
Lendo um texto em um blog ( http://www.buzo10.blogspot.com.br )
de um grande escritor, o Alessandro Buzo, percebi que por mais errado que eu
seja não estava falando besteira quando afirmei que o “povo” do HIP HOP falava
do erro alheio enquanto sentava no tapete que havia escondido o seus erros. Fui
muito perseguido por essa afirmação uma vez que falei isso durante uma
discussão entre os “defensores do movimento”, que se dizem os reais e não fogem
das origens enquanto os “modinhas” vão no Faustão, ficam calados diante do
Silvio Santos, mudam a característica do Rap, fazem graffiti de rolinho e
latex, BBB, Caldeirão do Huck e aí vai. Os mesmos não sabem nem o real
significado da expressão HIP HOP. Seu conceito e sua história. Hoje o que vejo
são grupos “separatistas” que lutam por ideologia própria. O que não falta é o GRUPO
DE JOVENS CARENTES CURTIDORES DE RAP, MULHERES UNIDAS PELA LUTA ARMADA EM PROL
AO GRAFFITI, HOMENS LIBERAIS DA ZONA DE COMBATE PELO GRAFFFITI 3D, GRUPO DOS
POPPING, DOS LOCKING E DOS POWER MOVIE, DOS DJS SEM PICHK-UPS, mas ninguém
unido realmente pela questão de um todo.
Depois reclamam da invasão
do funk e do barulho dos “pancadão” o dia todo. De sua filha ser chamada de
novinha e que engravidou de um parça uma vez Q ELE EH DA HR E COLA CUM NOIS NUS
PIIIICO PRA FUMA UM NARGA BB UM UISK CUM ENERGETICU E SE VC KISEH AINDA VAMO DE
NAVE PRO BAILE PEGA UMAS NOVINHA DE PREZA. Construtivismo de Piaget ou
destruição de uma geração?
Quando Nelson Mandela
faleceu eu disse entre amigos que essa e as gerações que virão não terão
nenhuma referência em quem se espelhar.
Pedrox Luis
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